August Kubizek e Adolf Hitler conhecem-se, ainda adolescentes, quando assistem a uma ópera em Linz. Estamos no final de 1904 e é o início de uma amizade assimétrica, assente no amor de ambos pela música e numa complementaridade feliz: Adolf precisa de alguém com quem partilhar as suas ideias e fantasias, August é bom ouvinte e admira o espírito crítico e a confiança em si próprio que o outro demonstra.
No início de 1908, pouco depois da rejeição de Adolf pela Academia de Belas Artes de Viena e da morte da sua mãe, ele consegue convencer o pai de August a deixá-lo prestar provas no Conservatório em Viena. August é bem-sucedido e inicia os seus estudos musicais. Vivem juntos durante cinco meses num quarto infestado e escuro da capital austro-húngara, August seguindo uma educação formal, Adolf estudando e interessando-se literalmente por tudo, apesar de as suas paixões maiores serem a arquitectura e a política. As leituras ávidas, nos livros e na sociedade vienense, apuram o pensamento do futuro Führer.
A aversão a que o contradigam, as dificuldades económicas crescentes, talvez algum mal-estar face ao sucesso de August no Conservatório, precipitam a separação: durante uma ausência daquele, Adolf abandona o quarto que ambos partilham. O reencontro dá-se apenas trinta anos depois, após a anexação austríaca e às portas da Grande Guerra. As ideias e fantasias que Adolf erguera em jovem para o povo germânico estão em vias de concretização. E apesar de August garantir não concordar com muitas delas, é inegável ao longo do texto a amizade e a admiração que nunca deixou de sentir por Adolf Hitler.
The Young Hitler I Knew
August Kubizek
2011
Frontline Books
(Obra Original: Adolf Hitler, Mein Jugenfreund, 1953)
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
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