Narciso, amante das catalogações, cientista, pensador. Goldmund, amante da natureza, sedutor, artista. Estes dois homens tão diferentes, opostos no jogo de artifício de Hermann Hesse (1877-1962), sentem-se atraídos um pelo outro. A um falta o que o outro tem.
O beijo de uma cigana e um conselho de Narciso encetam a errância de Goldmund na busca de si através dos sentidos, da sensualidade e da arte, da relação com os outros e da forma que os materiais ganham sob o trabalho das suas mãos.
É Goldmund quem encontra a mãe primordial, essa que sempre procurou e que nunca conseguiu representar, essa que dá um sentido à sua existência e que o chama de novo para dentro de si. No fim, pergunta ao amigo: «Como poderás morrer um dia, Narciso, se não tens Mãe? Sem Mãe não é possível amar. Sem Mãe não é possível morrer.» Não morre quem nunca viveu.
Título da edição lida: Narciso y Goldmundo
Autor: Hermann Hesse
Data da obra original: 1930 (Narziss und Goldmund)
Editora: Editorial Sudamericana
Data da obra original: 1930 (Narziss und Goldmund)
Editora: Editorial Sudamericana
Tradutor: Luis Tobío